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DJ LECO FREITAS (By Careca em Chamas - INCOMPARÁVEL!!!)

DJ LECO FREITAS (By Careca em Chamas - INCOMPARÁVEL!!!)
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domingo, 23 de maio de 2010

UM POUCO DE HISTÓRIA DA MÚSICA ELETRÔNICA

Com uma grande colaboração e fruto de uma ótima pesquisa do brother da sua comunidade no Orkut - FÃ-CLUBE CARECA EM CHAMAS-RMX - e meu amigo de longa data, Dj Marcinho, vou deixar aqui a sua postagem na comunidade. sobre a históra da música eletrônica.
Espero que seja de grande utilidade, não só para os membros da comunidade ou para a galera que costuma visitar o blog, mas para todos que porventura passem por aqui.
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Um pouco da historia...

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House Music
Batida seca, 4/4,com "viradas" de muitas batidas, vocais femininos, melodia alegre e com velocidade próximas a 120 a 135 BPM (Batidas por Minuto).
Apesar da House ter seu inicio no verão de 1987, no Brasil ela somente destronou outros ritmos em 1989, quando o Mega Hit Pump Up the Jam (Technotronic) invadiu as pistas do Mundo Inteiro, tornando a Dance Music uma mania mundial. Com o surgimento desse hit no Brasil, a House ficou popularmente conhecida como "poperô". Em 1993 essa mesma música retornou as paradas de sucesso no filme Space Jam, provando que a House Music tinha muito mais fôlego que os críticos poderiam imaginar.
É dificil destacar algum hit como principal, pois a House Music produziu inumeros hits de grande sucesso.
Muitos, na época, falaram que a House era um estilo passageiro e que seria apenas mais um modismo, mas passados 20 anos, o ritmo dançante da house music continua intacto e parece até com mais vigor, agora com o apoio de ritmos que originaram dela, como o Techno, Psy, Trance e vários outros.
Hoje no Brasil a House Music tem se difundido cada vez mais. Inúmeras casas noturnas do país fazem sucesso tocando música House e convidando inclusive varios DJ's de renome internacional que passaram a tocar em terras brasileiras. Além disso é um dos estilos mais tocados em festas caseiras, entre amigos (chill-out).
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A origem do termo "house" (casa em inglês) é contraditório. A teoria mais aceita é que o termo tenha vindo de um clube noturno de Chicago chamado The Warehouse que existiu entre 1977 e 1982. Essa casa noturna era conhecida por ter a maioria do público, negros, gays e latinos [2] que vinham dançar o disco desempenhado pelo DJ Frankie Knuckles. Embora Knuckles tenha deixado o clube em 1982 que trocou até de nome anos depois, o termo "house" que era uma abreviação de Warehouse tornou-se popular entre os habitantes de Chicago como sendo sinônimo das seleções musicais de Knuckles.

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House music é um estilo musical surgido em Chicago, nos Estados Unidos, na primeira metade da década de 1980. A origem do nome se deu devido a esse novo estilo de dance music que surgia e começava a ser tocada no night club chamado Warehouse. Os frequentadores da casa iam às lojas de discos a procura das músicas que ouviam no club e pediam por "aquela música da Warehouse", até as lojas começarem a encurtar o nome de Warehouse Music, para apenas house. Muitos dizem que o House Music é uma vertente da disco music dos anos 70, pois foram estilos de música quase que contemporâneos. Frankie Knuckles é aclamado por muitos como o "pai" da House Music, ele que é um dos pioneiros deste gênero juntamente com outros nomes como Tony Humphries. Atualmente existem muitas sub-vertentes do house, tais como: Funky-House, Tech-House, Disco-House, Progressive House, Electro-House, Acid house, Soulful House, Neo-Jazz-House entre outros.[1]
O elemento comum de quase toda a "house music" é uma batida 4/4 gerada numa bateria eletrônica, completada com uma sólida (muitas vezes também gerada eletronicamente) linha de baixo e, em muitos casos, acréscimos de "samplers", ou pequenas porções de voz ou de instrumentos de outras músicas. Representa, de certa forma, também uma evolução da disco music dos anos 70. A maioria dos projetos (desenvolvidos por DJs e produtores) e grupos de house music têm como origem a Itália, a Alemanha, a Bélgica, além dos EUA e Reino Unido.
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Acompanhando a queda da disco music depois dos anos 70, vários artístas do electro funk como Zapp & Roger começaram a experimentar o uso de talk boxes através de um uso intenso e batidas mais distintivas.
Em 1982, o produtor Afrika Bambaataa residente no Bronx com a ajuda de Arthur Baker e John Robie lançou a faixa "Planet Rock", com elementos das músicas do grupo Kraftwerk são elas especificamente: Trans-Europe Express and "Numbers" (from Kraftwerk's Computer World album). "Planet Rock" é largamente considerada uma quebra de paradigma para o gênero electro [2]
Em 1983, Hashim criaram uma sonoridade influente para o electro funk "Al-Naafiysh (The Soul)" seu primeiro lançamento oficial ocorreu em Novembro de 1983 através da Cutting Record's [3]. Nesta época Hashim foi influenciado por Man Parrish's "Hip Hop, Be Bop", Thomas Dolby's "She Blinded Me With Science" e Afrika Bambaataa's "Planet Rock" [4]. Também em 1983, Herbie Hancock, em colaboração com Grand Mixer D.ST, lançou o single hit "Rockit".
Bambaataa e grupos como Planet Patrol, Jonzun Crew, Mantronix, Newcleus and Juan Atkins' Detroit-based group Cybotron passando a influenciar os gêneros do Detroit techno, ghettotech, breakbeat, drum and bass e electroclash. Primeiros Produtores do Gênero Electro (notávelmente Arthur Baker,[5] John Robie e Shep Pettibone) em lugar de destaque no Latin Freestyle (ou simplesmente "Freestyle") como movimento musical. Até o final dos anos 1980, o gênero se separaram de suas influências funk inicial. Baker and Pettibone aproveitaram suas robustas carreiras na era da house music, e ambos usaram seus conhecimentos para produzir artistas do mainstream.
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“ [sic] O electro não recebeu somente influências do technopop alemão do Kraftwerk. Existem outras influências tais como: The Human League, Gary Numan, uma série de músicos negros. Grandes artistas como Miles Davis, Sly Stone, Herbie Hancock, Stevie Wonder, o lendário produtor Norman Whitfield e, claro, George Clinton e sua P Funk brigade, todos desempenharam o seu papel na elaboração desta nova sonoridade através de seu uso inovador de instrumentos eletrônicos durante os anos 70 (e no final dos anos 60, no caso específico de Miles Davis).
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Afrika Bambaataa é o pseudônimo de Kevin Donovan (Bronx, Nova York, 19 de abril de 1957) é um DJ estado-unidense e líder da Zulu Nation, reconhecido como fundador oficial do Hip Hop.
Nasceu e foi criado no Bronx e, quando jovem, fazia parte de uma gangue chamada Black Spades (Espadas Negras, em português), mas viu que as brigas entre as gangues não levariam a lugar nenhum. Muitos dos membros originais da Zulu Nation também faziam parte da Black Spades, que era uma das maiores e mais temidas gangues de Nova York. Bambaataa se utilizou de muitas gravações já existentes de diferentes tipos de música para criar Raps. Usando sons, que iam desde James Brown (o pai do Funk) até o som eletrônico da música “Trans-Europe Express” (da banda européia Kraftwerk), e misturando ao canto falado trazido pelo DJ jamaicano Kool Herc, Bambaataa criou a música “Planet Rock”, que hoje é um clássico. Bambaataa também foi um dos líderes do Movimento Libertem James Brown, criado quando o mestre da Soul Music estava preso e, anos depois, foi o primeiro ‘Hip-Hopper’ a trabalhar com James Brown, gravando “Peace, Love & Unity”. Bambaataa criou as bases para surgimento do Miami Bass, Freestyle (gênero musical), ritmos que infuênciaram o Funk Carioca.
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A historia do "CHARME"

O termo "charmeiro" é utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black Music (Música negra americana), conhecida popularmente no Brasil como "Charme", termo usado para o R&B Contemporâneo no Brasil, que se desenvolveu a partir do Urban.

Com uma vestimenta social, porém mantendo sempre o seu traço “black”, o charmeiro conserva seu perfil de um negro de bom gosto, romântico e inteligente.

As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.
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A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul Music, nos anos 70, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos.[1] O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o Funk. No final de 76 a Soul Music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O Som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul Music foi dado pela revolução trazida pela Disco Music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a Disco Music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.
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O termo Charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980.[2] O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black Music. Ele introduz a musicalidade do Charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: “Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho”. Essa estória do “charminho” ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: “agora eu vou pro Charminho, vou ouvir um Charme, vou lá no Corello que vai ter Charme”. Em 1980 a Discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.
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Equipes de Charme e DJs
Com a evolução do movimento, foram formadas equipes de som especializadas em “Charme”, dentre as quais:

Só Mix Disco Club ("A Número Um do Charme"), comandada por Corello DJ, Fernandinho DJ, Loopy DJ;
Cassino Disco Club ("O Som do Charme"), comandada por Orlando DJ e Claudinho DJ;
Soul Charme ("Difícil de Esquecer"), comandada por Arthur DJ e PC DJ;
Charme Com Elegância ("A Fina Elegância da Black Music"), comandada por Carlão DJ;
BLACK POINT SOUL ("O Point do Charme"), comandada por Dj Birro;
CHARME RIO ("Uma nova opção em Black Music"), comandada por William (Paulista) DJ, Ronald DJ e Lula DJ.
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Personalidades do Charme e Artistas Nacionais
O Charme também contou com a colaborção direta de DJ's que abraçaram a causa e começam a romper com a estrutura antiga das equpes de som, segundo a qual, o "dono" da equipe determinava a linha musical a ser seguida sem questionamentos. O primeiro a aderir foi o DJ Marcão da Rádio Tropical do Rio de janeiro, A DJ e locutora Áurea, DJ Marlboro (em início de carreira), Fernandinho DJ, Orlando DJ, entre outros. No final dos anos 80 e início dos 90, surgiram os primeiros artistas nacionais que começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da "Banda Fanzine" ou em sua carreira solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Sampa Crew, Copacabana Beat, Claudinho & Buchecha, Marina Lima, Fernanda Abreu, D'Black e Shirley Carvalho.
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As músicas de estilo Charme passaram também a ser executadas nas rádios, nas freqüências FM e AM. Nas décadas de 80 e 90 surgiram vários programas especializados em Charme. Na Rádio 98 FM, Fernandinho DJ produzia o "Só Mix 98", na Jovem Rio Corello apresentava o "MixMania" e o "Black Beat" (FM 105) e outros programas, como os de Funk, passaram a dedicar espaços específicos para a execução de Charme, proporcionando assim maior dimensão ao Movimento Charme. Mc Dollores e Mc Marquinhos compuseram um funk melody intitulado Rap da Diferença
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DENOMINAÇOES DO MOVIMENTO CHARME

Nesta trajetória desde os anos 80, os charmeiros passaram a classificar as músicas e chamá-las de acordo com a ocasião de respectivos lançamentos, atribuindo-lhes o nome de “flash back” às músicas produzidas até meados dos anos 80 e “midbacks” às produzidas entre o final dos anos 80 e em toda a década de 90. Esta denominação diferenciada das músicas no Movimento Charme também se deve parcialmente à existência de variadas vertentes dentro deste estilo, como por exemplo New Jack Swing, Smooth jazz, Slow Jams Urban e R&B Contemporâneo, que foram, dependendo de sua época, mais comumente produzidas e executadas.

Com certa regularidade são promovidos bailes de Flash back e midbacks, especialmente para reunião de antigos freqüentadores dos bailes charme. Nestes bailes especiais, é nítida a diferença entre a faixa etária de seus freqüentadores, tradicionalmente chamados de "cascudos", em relação àquela vista em bailes com músicas atuais.
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DJ'S DE CHARME MAIS CONHECIDOS

Dj Birro (Black Point Soul)
Dj Claudinho;
Dj Adesman;
Dj Iones;
Dj Aranha;
Dj A;
Dj Guto;
Dj Florêncio;
Dj Daniel do Charme;
Dj Mão Branca;
Dj Loopy;
DJ Raffaelldj de Israel (Charme em Israel);
Dj Wilson Funk Show;
Dj Marquinho (Point chic charm);
Dj Célio;
Dj Júnior;
Dj Dênnys;
DJ Joseph (Brasília);
DJ Silva;
Rato Dj (Caldeirão do Huck);
Léo Bolinha Dj (Caldeirão do Huck);
William Dj (Charme Rio);
Lula Dj (Charme Rio);
Ronald Dj (Charme Rio);
DJ Celsão (Brasília);
DJ Roger (BSBBLACK.COM - Brasília).
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DINOSSAUROS DO CHARME

CORELLO & FERNANDINHO DJ
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Disc Jockey. DJ . Dee Jay

Um disc jockey (DJ ou dee jay) é um artista profissional que seleciona e roda as mais diferentes composições, previamente gravadas para um determinado público alvo, trabalhando seu conteúdo e diversificando seu trabalho em radiodifusão em pistas de dança de bailes, clubes, boates e danceterias.
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O termo disc jockey foi primeiramente (e ainda é) utilizado para descrever primeiramente a figura do locutor de rádio que introduziam e tocavam discos de gramofone, posteriormente, o long play, mais tarde compact disc laser (CD) e atualmente, empregam o uso do mp3. O nome foi logo encurtado para DJ. Hoje, diante dos numerosos fatores envolvidos, incluindo a composição escolhida, o tipo de público alvo, a lista de canções, o meio e o desenvolvimento da manipulação do som, há diferentes tipos de DJs, sendo que nem todos usam na verdade discos, alguns podem tocar com CDs, outros com laptop (emulando com softwares), entre outros meios. Há também aqueles que mixam sons e vídeos (VJs), mesclando seu conteúdo ao trabalho desenvolvido no momento da apresentação musical. Há, no entanto, uma vasta gama de denominações para classificar o termo DJ.
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DJ's

Com o advento da discoteca em meados dos anos 70, os DJs também ganharam fama fora do rádio e foram para as pistas de dança. Nas pistas, os DJs que atuaram até o meio da década de 1990 utilizavam apenas discos de vinil em suas apresentações. Em que pese o fato de já existirem CDs antes disso, não haviam equipamentos que permitissem o sincronismo da música entrante com a música em execução (ajuste do pitch para posterior mixagem). A forma como esta ação de mixagem é realizada, aliás, é o principal diferencial entre os profissionais desta área.
Um DJ tem a percepção musical de saber quais composições possuem velocidades (mensuradas em batidas por minuto) próximas ou iguais, de forma que uma alteração em um ou dois por cento da velocidade permite com que o compasso das mesmas seja sincronizado e mixado, e o público não consiga notar que uma faixa está acabando e outra está iniciando, pois as duas faixas estão no mesmo ritmo, métrica e velocidade.
DJs das décadas de 1980 e 1990 sincronizavam a composição mixada (entrante) regulando a velocidade do prato do toca-discos, com o cuidado de fazer com que a agulha não escapasse do sulco do vinil (que na prática faz com que a música "pule") e também com que o timbre da voz da música não ficasse, por demais, alterada com a velocidade muito alta ou muito baixa do prato. Esta alteração da velocidade era possível em toca-discos que possuem o botão chamado pitch. O toca-disco mais famoso, nesta época, era o Technics SL-1200 MK-2, que até hoje é vendido e procurado por profissionais e amantes do vinil pela robustez e força que o seu motor de tracção directa apresenta.
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REMIXES

Remix é uma nova mixagem dada a determinada música. Em seu início, nos anos 70, os remixes eram versões longas de músicas (geralmente dançantes) para serem mixadas nas pistas de dança pelos DJs. A primeira música a ser considerada como remix foi produzida por Tom Moulton em 1972.
Com o tempo os remixes passaram a fazer sucesso tanto quanto a versão original. Um dos primeiros êxitos no Brasil foi “I’ll be holding on” do cantor Al Downing em uma versão longa feita pelo DJ Tom Moulton no início de 1975. A música ficou conhecida como o “Melô do banjo” graças a parte final incluída pelo DJ Moulton ao final da música. Ela tocava bastante na Rádio Mundial AM 860 KHz do Rio(*), das organizações Globo, conisiderada a vovó das rádios jovens do Brasil. Aliás, o termo “melô” surgiu nela. Como os locutores se enrolavam para falar o nome em inglês das músicas eles pegavam um trecho marcante da música e a batizavam como “melô” desta coisa. Foi pelo seu solo de banjo a música do Al Downing ficou conhecida como o “Melô do banjo”.
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Graças ao grande sucesso das discotecas no final dos anos 70 os remixes longos ganharam lugares cativos no rádio aos finais de semana. No Rio, por volta de 1978, a recém criada Rádio Cidade tinha um programa de disco music chamado “Cidade Disco Club” no qual o DJ Ivan Romero mixava os sucessos do momento. O fato do DJ mixar com perfeição duas músicas chamou a atenção de um adolescente de 14 anos que era assíduo frequentador de bailes funks. Nessa época os DJs dos bailes não mixavam músicas “na mesma batida”, ao terminar uma faixa eles cortavam logo para a outra. Esse adolescente passou a treinar com toca discos em sua casa a técnica de mixar duas faixas de funk “na mesma batida” e levou essa técnica para os DJs dos bailes. Como esse adolescente vinha de um lugar bem distante dos bailes os DJs brincavam dizendo que ele vinha lá da terra da Malboro (referência ao comercial de cigarros da Marlboro) por isso ele ganhou o nome de DJ Marlboro.
Nesse meio tempo, nos Estados Unidos, os bailes blacks, nos quais os primeiros remixes tocavam, começaram a ter DJs performáticos, que queriam mostrar sua perícia no comando das pick ups. Eles faziam malabarismos com trechos de canções. Um desses malabarismos era tocar um trecho de música nos dois vinis por vez, alternando a ordem através do mixer, técnica chamada de back 2 back, na qual o DJ Grandmaster Flash era pioneiro e grande fera! Outra técnica que era aperfeiçoada nessa época era o scratch, que também foi criada por um adolescente frequentador dos bailes, mas que era de Nova York. Em 1971 ele estava ouvindo música quando sua mãe o chamou batendo na porta, para ouvi-la melhor ele parou abruptamente o LP com a mão, dando o som característico do scratch. Empolgado com o que ouviu passou a treinar e levou a idéia aos DJs da cidade e a nova técnica se espalhou rapidamente. Graças a criação recebeu o nome de Grand Wizard Theodore (Grande Mago Theodore).
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PRIMEIRO REMIX NACIONAL = RPM - LOURAS GELADAS

A necessidade de ter músicas com batidas sincronizadas para facilitar as mixagens e as performances levou o pessoal da música black ao Kraftwerk. Os sons do álbum “Trans-Europe Express” eram bastante usados para performances de back 2 back no final dos anos 70. Essa técnica de uso de um trecho de canção para criação de outra coisa levou o pessoal da música black a criar músicas com trechos de outras. Nascia a cultura do sample. Um novo tipo de remix, que consiste em uso de amostra de uma música em outra. O primeiro rap a fazer muito sucesso, “Rapper’s delight” do Sugarhill Gang (1979), já vinha com a idéia do sample, trazendo sampleada o baixo e a batida da música “Good times” do grupo Chic, sucesso meses antes. A idéia de sampleagem ganhou mais força ainda com o grande sucesso de “Planet rock” de Afrika Bambaataa (1982), música que redefinou os rumos do funk ao trazer a batida quadrada de “Numbers” com a melodia gélida de “Trans-Europe Express”, ambas do Kraftwerk. Nascia assim o funk moderno (chamado de electro-funk), que iria inspirar vários outros artistas não só do black, mas de diversos estilos musicais.
Nos anos 80 começou a ganhar espaço novas formas de remixes. Não bastava criar só uma versão longa. Os DJs e produtores começavam a brincar com as músicas, graças ao barateamento dos processos de gravação. Surgiam dessa forma as versões Dub, Extended e radio Edit (reduzida para ser tocada no rádio). Foi nesse cenário que os remixes passaram a ser feitos nas terras tupiniquins. DJs e produtores como Iraí Campos, Liminha, Grego, Marcello “Memê” Mansur e Julinho Mazzei passaram a retrabalhar sucessos nacionais das gravadoras majors (CBS, Emi e WEA eram as que mais faziam remixes na época). Esses remixes eram tocados não só nas boates (em versões longas e dançantes para serem mixadas pelos DJs) mas também no rádio como uma versão diferenciada do “hit do momento”. Foi graças a versão remix de “Louras geladas” que o RPM começou a ser tocado nas rádios na primeira metade de 1985.
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O passo seguinte da evolução do remix foi o começo de assinaturas dos DJs/produtores para as suas re-mixagens. Com a diversificação de estilos de músicas eletrônicas dançantes, O intuito maior era indicar, pelo nome do DJ/produtor, que gênero da e-music tal remix fazia parte. Exemplos: “Masters At Work Club Mix” indicava remix house em versão estendida para ser tocada nos clubs (boates), “Thunderpuss Radio Edit” indicava remix house tribal em versão reduzida para ser tocada no rádio, “Moby’s Subway Mix” indicava remix techno (o “Subway” é apenas um nome de batismo para esse remix, não quer dizer nada). Artistas começaram a lançar vários remixes de seu hit e com a assinatura dos DJs/produtores sabia qual era a versão que queria, de acordo com o gênero que toca em sua apresentação (set musical).
Eu tenho o single do RPM - LOURAS GELADAS (o primeiro remix nacional) em vinil,com 4 versões bem legais.
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VOU FICANDO POR AQUI. ESPERO QUE GOSTEM DA MATÉRIA, FRUTO DA PERSQUISA DO BROTHER, DJ MARCINHO.